A importância das PCHs

Toda usina hidrelétrica cuja capacidade instalada seja superior a 10MW e inferior a 30 MW e que possua um reservatório inferior a 3 km² é considerada uma PCH – Pequena Central Hidrelétrica-, de acordo com a resolução nº 394 – 04-12-1998 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A energia produzida pelas PCHs representa 100GW de toda a energia gerada no Brasil. As poucos os empreendedores estão voltando seus olhos para esse tipo de usina e suas vantagens.
Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Aiuruoca
Como no Brasil o potencial hidrelétrico é o recurso mais utilizado na geração de energia elétrica, as PCHs surgem como forma alternativa de desenvolvimento e distribuição de eletricidade. Pois, de custo acessível, as PCHs demandam menor prazo para implementação e maturação do investimento, além de facilidades legislativas e disposição de compra por parte de concessionárias de energia elétrica. Outra grande vantagem é o fácil acesso às grandes linhas de transmissão.
Onde são instaladas?
As PCHs são indicadas para rios pequenos e médios, mas que tenham desníveis acentuados, ou seja, quedas que sejam ideais para gerar potência hidráulica e movimentar as turbinas.
Resoluções
A ANEEL permite que a energia gerada pelas PCHs entre no sistema elétrico sem o pagamento de taxas de transmissão e distribuição. Além disso, as PCHs estão isentas de pagar municípios e Estados pelo uso dos recursos hídricos.
Implantação
Antes de mais nada, deve-se escolher o local e levar em consideração o potencial elétrico da queda de água, ou seja, o recurso hidráulico, o transporte da energia, bem como o seu destino.
O estudo que define se determinada área tem recurso hidráulico, considera todas as condições naturais como localização, acesso, geologia, relevo e o tipo de projeto de instalação. Além de disponibilidade, ou seja, os efeitos da barragem, a montante e a jusante, levando em conta a irrigação e a navegação.
Outro ponto fundamental é com respeito à regularidade e à flutuação, ou seja, variações periódicas ou sazonais da vazão de água, hidrologia, climatologia e estiagem. Além de comportamento em casos excepcionais como grandes enchentes, amplitude de sismo, etc.
O transporte de energia é um aspecto fundamental a ser considerado, já que a geração não deve estar muito afastada do ponto de consumo ou de uma linha e transmissão, a fim de reduzir custos.
O destino da energia deve ser considerado, pois todo o projeto deverá ser planejado baseado nele. Geralmente, uma PCH é construída a fim de abastecer um grupo, um povoado, uma aldeia ou uma cidade. Mas pode também atender às necessidades de fábricas ou indústrias.
Os tipos de PCH
Cada usina tem um tipo de turbina e instalação que levam em consideração os dados hidráulicos, queda e caudal.
Tubina Pelton
Esse tipo de turbina é utilizada em usinas de instalação de alta queda, superiores a 150m). Essas quedas são encontradas em declives com rápidos ou casacatas.
A Pelton utiliza geradores de alta velocidade e rotação, ou seja, superior a 1.000 rpm. A maior vantagem é que os custos são mais reduzidos do que as turbinas mais lentas.
Turbina Francis
Essa turbina é utilizada para quedas menores de 150 m e maiores de 15 m, considerada para queda média. A velocidade de rotação fica em torno de 750 a 500 rpm. Esse tipo de turbina não leva gerador, apenas um multiplicador, o que diminui consideravelmente seu custo.
Turbina Kaplan ou Hélice
A queda utilizada nessa turbina deve ser inferior a 15m. Tem uma rotação baixa que gira em torno de 70 a 350 rpm. Reduz custos com geradores e reduz o volume de obras civis com o uso de axiais de tipo Bulbo.
Desvantagens
Como as PCHs operam com fio d`água, ou seja, o reservatório não permite regularização no fluxo de água, pode acontecer estiagem e vasão torna-se menor que a capacidade das turbinas, tornando-a ociosa. No caso de vasões grandes, pode haver desperdícios de água.
Por esse motivo, as grandes centrais são mais vantajosas, pois o custo da energia produzida pelas PCHs torna-se elevados diante da continuidade e estabilidade das maiores.
Vantagens
As PCHs embora sejam mas custosas para o bolso, são mais baratas para a natureza, já que o impacto sócio-ambiental é muito menor, pois não interfere no curso da água e nem necessita de uma área muito grande para sua construção.
Com informações de Portal PCH

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