As contas da energia vampira

Os equipamentos eletrônicos nos ajudam muito pelas facilidades que proporcionam. O chuveiro elétrico, a lava-roupa e outros, são praticamente fundamentais para otimizar o tempo gasto com atividades diárias, além do conforto de ter sempre água quentinha no banheiro e roupa limpa em minutos.

Porém, no nosso dia-a-dia nem nos damos conta de que pequenos detalhes são os causadores do desperdício de energia elétrica. Esta é sugada constantemente por um vampiro, muito perigoso para o meio ambiente e para a conta de luz no final do mês.

A energia vampira, também conhecida como energia fantasma ou standby, pode ser facilmente controlado com um pouco mais de atenção aos aparelhos eletrônicos que o permite entrar.

Que vampiro é esse?

O vampiro ataca sempre que há aparelhos plugados na tomada, mesmo que não estejam em uso. Ou seja, os equipamentos puxam a energia elétrica mesmo quando estão desligados.

No que diz respeito ao consumo de energia local, tais equipamentos gastam mais energia quando estão desligados do que em uso.  Isso acontece porque o aparelho fornece carga de energia constante, como o celular que se for mantido plugado na tomada, desperdiça até 50% da energia que consome, porque absorve energia mesmo com a bateria totalmente carregada.

Muitos equipamentos utilizam a eletricidade constantemente para manter o relógio ligado, seja ele externo ou interno. Existem alguns equipamentos que esse consumo se faz necessário, pois não podem ser desligados, como é o caso do refrigerador, que precisa monitorar a temperatura e ligar quando for preciso. Mesmo assim, a constância em que é aberto durante o dia, é uma energia gasta inutilmente, como também e o caso de manter o ar-condicionado ligado quando as janelas estão abertas.

Computadores e televisores, principalmente, que fornecem a opção do standby, são grandes vilões da energia vampira, pois, aquela luzinha que fica acesa direto, consome muito mais energia do que possa parecer. No caso dos televisores, além da luzinha, a energia é constantemente fornecia a fim de abastecer o dispositivo que aciona o controle remoto.

Os equipamentos não são totalmente desligados quando se aciona o botão de “desligar”, pois ficam preparados para serem usados a qualquer momento. Isso acontece muito no caso das impressoras, que ficam em modo standby por horas e horas esperando sinal dos computadores nela conectados.

Quem paga as contas no final?

As contas desse vampiro são muito elevadas, sobretudo quando considera-se todos os aspectos envolvidos. Além das contas domésticas, as usinas de energia elétrica, sejam elas, térmicas, nuclear ou hidroelétricas, devem produzir mais do que o necessário para suprir a demanda da energia vampira.

Resultado disso, é uma conta altíssima paga pelo meio ambiente. Não é somente as contas residenciais ou de uma cidade ou uma usina, trata-se de um processo global, onde o meio ambiente é quem leva a pior parte. Alguns reais a mais podem não fazer diferença em uma conta, mas a poluição e o impacto causados pelas usinas elétricas são devastadores e a energia vampira contribui para piorar esse quadro.

Quando o meio ambiente sofre, todos nós sofremos junto, já que é dele que retiramos todos os subsídios para nossa sobrevivência no planeta. Não é um problema pontual, ele envolve muito mais a iniciativa de cada um para que haja uma mudança significativa.

Como acabar com esse vampiro?

Pequenos hábitos do dia-a-dia são o suficiente para manter esse terror longe da sua casa.

Em primeiro lugar é importante saber quais são os equipamentos vampirescos. Depois, é só desliga-los da tomada quando não estão sendo usados.

Para facilitar, você pode plugar na tomada um filtro de linha ou um estabilizador, depois conectar os equipamentos vampirescos neles. Assim, quando não estiver usando-os é só desligar o filtro ou estanilizador, que todos os equipamentos serão desligados junto.

Vai comprar um equipamento novo?

Quando for substituir ou adquirir um eletrônico, sempre dê preferência àqueles que são mais econômicos. Há alguns que são projetados de maneira que consome energia à toa, por possuir baixa eficiência.

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) dispõe no seu website todos os produtos que consomem energia elétrica e que foram aprovados no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), portanto foram autorizado a receber a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, ENCE, que mostra uma classificação que vai de A a E, sendo A o mais eficiente, ou seja, funciona com eficácia com baixo consumo de energia. Escolha àqueles que estejam com uma boa classificação, assim, o seu bolso e o meio ambiente agradecem.

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